A Jornada de Inovação de Valentim Biazotti e o surgimento da WaM

20/05/2025

WaM

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    A trajetória de inovação de Valentim Biazotti, CEO e fundador da WaM, começou em 2014. Seu primeiro contato com o tema aconteceu em uma consultoria estratégica, mas foi ao fundar a empresa, naquele mesmo ano, que passou a trabalhar com inovação de forma mais estruturada. 

    Em uma entrevista sobre inovação, capacitação, impacto e futuro, ele compartilha sua jornada até aqui e revela o que espera para os próximos anos, tanto em novos projetos, quanto na evolução da inovação dentro do ambiente corporativo.

    “Eu e a WaM mudamos muito ao longo desses 11 anos, mas acredito que algo se manteve: o foco em ajudar e gerar inovação. Naquela época, empreendedores, hoje, grandes empresas. Começamos atuando como capacitadores da inovação e, até hoje, mantemos esse papel, trazendo a nossa essência para cada projeto. A ideia de acompanhar os clientes de perto, ajudá-los a refletir sobre os cenários de incertezas; algo muito inerente ao processo inovador. E isso independe do tipo ou do tamanho da empresa”, inicia ele.

    Indo além das expectativas e criando experiências

    Algo que também se mantém desde o início são os pilares da WaM. Nomeados P.A.C.E.S, eles representam o que a empresa busca entregar para os seus clientes: Proximidade, por meio de vínculos duradouros com cada parceiro; Agilidade, ao orientar as entregas em ciclos rápidos e eficientes; Customização, moldando cada jornada de transformação de forma única e alinhada ao norte Estratégico de cada cliente; e o empenho em Surpreender, indo além das expectativas e criando experiências que realmente demonstrem que, para a WaM, o possível é o mínimo pensável.

     

    pilares da WaM

     

    O P.A.C.E.S foi uma construção para entendermos onde a gente se encaixava no mercado e qual valor estávamos entregando aos clientes. Trabalhar de maneira mais próxima, ágil, estratégica, customizada e surpreendente sempre fez parte das nossas propostas. São características que desenvolvemos e que, hoje, estão muito bem consolidadas. A nossa visão não mudou; o que mudou foi o ‘como’. E esse ‘como’ a gente aprendeu bastante com o tempo”.

    Outro ponto importante sobre o P.A.C.E.S. é que, para Valentim, os aprendizados junto aos clientes estão profundamente conectados a esses valores. Sobre isso, ele comenta:

    “O que percebemos é que, apesar dos desafios comuns, cada empresa ou área atendida tem seu próprio jeito de trabalhar. E isso é muito legal, porque sempre aprendemos algo novo, seja sobre cultura, negociação de projetos ou busca por recursos. Diria que o mais interessante é como conseguimos mesclar teoria e prática, testar o que faz sentido, explorar outros caminhos… Faz parte do nosso DNA: olhar para essas oportunidades de aprendizado e adaptar continuamente nossos conteúdos e projetos”.

    Mudança na percepção da inovação ao longo dos anos

    Com relação a inovação corporativa, Valentim acredita que o conceito evoluiu ao longo do tempo: começou com projetos mais pontuais e interessantes, passou a ser vista como um elemento estratégico e, por fim, como um verdadeiro motor de transformação.

    “Quando a WaM começou em 2014, o tema estava ganhando novos formatos. A busca por parceiros externos, trabalhar com inovação aberta, abrir mais fundos de investimentos… Então, tudo isso influenciou para o foco em projetos mais pontuais e foi um movimento super válido para as organizações aprenderem o que realmente era valioso dentro do processo de inovação”.

    Ele ainda conta que viu a inovação se tornar mais estratégica dentro das grandes instituições. Logo, elas passaram a buscar respostas para a pergunta: “Como eu me transformo ao longo do tempo?”

    “E o que quero dizer com isso? Temos a inovação corporativa e socioambiental muito orientada a projetos pontuais, com um visão de longo prazo e estratégica muito limitada. Por isso, quando falamos de inovação para grandes empresas, basicamente estamos provocando-as a responder: como eu me transformo ao longo do tempo? E essa pergunta é totalmente estratégica. Com o mundo em que vivemos — pressões cada vez mais fortes, mudanças cada vez mais rápidas, crises sociais e ambientais — essa demanda por transformação é muito alta”.

    É aí que a inovação começa a ser compreendida não apenas como uma estratégia de negócios, mas como um motor de transformação mais ampla: dos negócios, da sociedade e do meio ambiente.

    “Percebo que ainda estamos em processo de amadurecimento em relação à inovação como um trabalho de longo prazo. Projetos de melhoria e incremento são fundamentais no dia a dia, mas também é importante dar espaço para reflexões mais profundas sobre o futuro. Depois das demandas operacionais, a pergunta sobre como a empresa vai se transformar deveria estar entre as prioridades de qualquer liderança.”

    Valentim reconhece que esse movimento nem sempre é simples. Ou seja, como a inovação lida com muitas incertezas, é natural que ela pareça algo pouco tangível. Mas isso pode levar algumas organizações a se mobilizarem apenas diante de sinais mais evidentes de urgência.

    “Ao mesmo tempo, nosso tempo de reação aos problemas está cada vez menor. Essa transformação ao longo do tempo, mais cedo ou mais tarde, vai ocupar o espaço necessário dentro das instituições. Elas também vão precisar disso para que os negócios sejam mais sustentáveis: social, ambiental e economicamente”.

    MISa e o futuro da Inovação Corporativa

    O Manual de Inovação Socioambiental (MISa) para grandes empresas atuantes no Brasil é um material inovador e estratégico produzido pela WaM. Seu objetivo é apoiar a inovação em modelos de negócio tendo como foco as principais crises socioambientais contemporâneas.

    Ele traz insights sobre as especificidades do cenário Brasil e como elas podem ser utilizadas nas transformações organizacionais. Para Valentim, o MISa também é um material que tangibiliza o conhecimento da WaM adquirido ao longo dos anos.

    “O MISa vem de um processo de maturidade conquistado ao longo de muitos anos, e isso me dá muito orgulho. E é especialmente recompensador poder compartilhar conhecimento e debater novas visões. Aliás, foi uma das primeiras vezes que tivemos um compartilhamento tão rico, com tanta pesquisa, participação e diversidade de players. O MISa é um material complexo, que exige cuidado, mas que demonstra ser possível transformar conhecimento em novas práticas”.

    O futuro da inovação e dicas para grandes empresas

    Valentim afirma que a inovação será crucial para a sobrevivência das organizações nos próximos 25 anos. Segundo ele, será preciso que as empresas se transformem com rapidez e inteligência para lidar com pressões cada vez maiores, que virão de suas próprias estruturas, instituições e governos. E complementa:

    “Como comentei anteriormente sobre a capacidade de transformação, acredito que, nesse próximo período, ela será essencial. Teremos que mudar muita coisa e com o carro andando. Não haverá outro cenário possível, pois estamos vivendo múltiplos pontos críticos. Já há estudos que apontam os chamados pontos de não retorno: danos permanentes, principalmente no meio ambiente. Por isso, olhando para o futuro, a inovação nunca foi tão necessária, e nunca fomos tão pressionados a isso”.

    Para finalizar, ele lista sete dicas importantes para grandes empresas que desejam inovar, mas não sabem por onde começar. São elas:

    (1) Controlar as expectativas desde o início;

    (2) Alinhar a inovação à estratégias da organização;

    (3) Escolher projetos relevantes e estratégicos;

    (4) Controlar bem a comunicação;

    (5) Atrair as pessoas certas na hora certa;

    (6) Ter uma liderança que apoie os processos;

    (7) Adotar uma tática de guerrilha no início da jornada de inovação.

    “O trabalho de inovação, no início, em grandes empresas, é muito de guerrilha. Você atua com um grupo pequeno, mas que precisa ser estratégico, comunicar bem, e saber exatamente como atrair as pessoas certas no momento certo. Por isso, acredito que essas dicas são fundamentais para construir algo um pouco mais rápido, saudável e efetivo”, finaliza.